Os dirigentes da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos receberam no mês de agosto (08) o gestor da Diretoria de Projetos Obras e Restauração (DIPRO) do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).Na ocasião se fizeram presentes pelo arquiteto Paulo Canuto, Diretor de Projetos, Obras e Restauração – DIPRO,do engenheiro Paulo Batista Nunes, Coordenador de Projetos e Obras – COPRO, do arquiteto e fiscal da obra, Cássio Prado Sales Ribeiro da Coordenação de Conservação Predial – COPRE, da restauradora Rozelita Barreto Oliveira da Coordenação de Restauração de Elementos Artísticos - CORES e da secretária Maria Rita de Cássia Simplício, todos estes, técnicos do IPAC além dos representantes da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos: o Prior Júlio Cesar Soares Silva, o Engenheiro Wilson Cosme e a Promotora Sandra Maria; o representante da Empresa Construtora MFP, engenheiro George Cohim Ribeiro Nogueira, o consultor de restauro da MFP, arquiteto Antônio Pedro Callazans, o representante do Ministério Público Estadual - MPE, arquiteto Bruno Mascarenhas, a representante da Secretaria de Turismo do Estado - SETUR, arquiteta Irenice Souza Almeida, a representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial SEPROMI, Sra. Karine Limeira.
Segue abaixo as deliberações :
Durante a visita, foram registradas algumas observações que estão listadas a seguir:
1. Sobre a invasão de pombos pelas torres da igreja, foi esclarecido que o projeto não contempla o fechamento. Entretanto, o assunto ficou registrado e a solução a ser adotada (tela ou vidro) será encaminhada ao IPHAN para a devida aprovação;
2. Sobre a observação da Irmandade a respeito da ausência de iluminação natural que incidia sobre o altar, a partir das aberturas que ali se encontram, o IPAC voltou a explicar que o projeto priorizou a instalação do sobreforro de fibra de vidro para maior proteção do conjunto de elementos artísticos ali existentes e que foram restaurados. Na oportunidade, a Irmandade solicitou ao IPAC verificar a possibilidade de substituição das telhas de cerâmica por telhas de vidro, no trecho correspondente às aberturas;
3. Sobre uma falha atrás da acesso ao salão Alberico Paiva, na madeira que recebeu tratamento contra insetos xilófagos, o serviço será revisto pela empresa MFP;
4. Sobre a ausência de iluminação nos altares laterais e altar-mor, o IPAC esclareceu que o projeto adotou outro conceito de iluminação interna da Igreja, através da instalação de refletores nas paredes laterais, evitando-se, assim, o desgaste das imagens e dos elementos artísticos contidos nos altares. Entretanto, o IPAC buscará junto ao IPHAN, adotar a iluminação adequada (tipo especial de lâmpada) e junto à MFP, garantir o fornecimento de energia nos altares para iluminação dos castiçais em forma de vela;
5. Durante a passagem pela Sala do Cofre, a Irmandade registrou a presença de 16 (dezesseis) bases metálicas que sustentam os castiçais dos altares, entretanto, solicitou esclarecimentos quanto aos elementos em formato de “vela” de metal e PVC que se apóiam nessas bases. A empresa MFP ficou de esclarecer onde as mesmas se encontram;
6. Foi registrado que a Irmandade encomendou uma nova corrente que sustenta a cruz do Santíssimo, a qual possui uma lamparina;
7. Na Sacristia, a Irmandade solicitou:
7.1 Restauração do Arcás;
7.2 evisão do nicho de Nossa Senhora do Rosário;
7.3 Restauração de uma penteadeira com espelho e mármore, que pertencia à Família Souto;
7.4 Melhoria das vitrines de vidro onde são expostos os Santos Negros.
7.5 Retirada da luminária tipo calha e colocação do lustre conforme situação original;
O IPAC esclareceu que os itens de 7.1 a 7.4 não fazem parte desse Contrato, que poderão ser contemplados numa segunda etapa de obras e que ainda encontra-se em fase de aprovação no IPHAN. Quanto ao item 7.5, a MFP providenciará a respectiva mudança;
8. Quanto aos bancos de cimento que se encontram no quintal, a Irmandade concorda com o IPAC que os mesmos sejam pintados na cor cinza grafite;
10. Na fonte existente, foi informada pela Irmandade a existência de 02 (dois) registros de entrada de água que deverão ser recuperados pela MFP;
11. Na cozinha, foi esclarecido pelo IPAC que as aberturas serão fechadas com janelas em madeira e na lateral com combogó. Esses elementos, bem como os armários internos, serão contemplados na segunda etapa de obra cujo orçamento se encontra em análise;
12. Quanto à instalação da rampa de acesso na entrada da Igreja, não se chegou a uma conclusão. O IPAC esclareceu que a execução desse serviço sempre esteve condicionada ao conserto do gradil. Fomos informados pelo IPHAN que a empresa que provocou o acidente fará a recuperação do mesmo, portanto, a solução a ser adotada deverá ser compartilhada entre o IPAC, IPHAN e Irmandade;
13. Quanto aos serviços que serão objeto da segunda etapa da obra:
13.1 Substituição das telhas de cerâmica por telhas de vidro no trecho correspondente ao altar;
13.2 Adotar solução de acessibilidade juntamente com a recuperação do gradil do adro de entrada;
13.3 Executar o serviço de drenagem de águas pluviais (calha metálica no beiral do fundo, calha metálica no beiral da cozinha, instalação de caixa de visita, descida pelo quintal do vizinho inferior e escoamento pela Baixa dos Sapateiros) em entendimento com os lojistas da Baixa dos Sapateiros;
13.4 Executar o serviço de esgotamento sanitário adotando solução de destino semelhante ao sistema de drenagem pluvial, em entendimento com os lojistas da Baixa dos Sapateiros;
13.5 Adquirir e instalar os equipamentos e acessórios (cabos elétricos, caixas de som, etc.) do sistema de sonorização da igreja;
13.6 Complementação do sobreforro de fibra de vidro nos corredores laterais (piso superior);
13.7 Restauração de peças da sacristia;
13.8 Fornecer a iluminação dos castiçais dos altares;
13.9 Instalar a corrente e os elementos do Santíssimo no arco principal do altar mor;
13.10 Instalar as esquadrias da cozinha;
13.11 Instalar vidro temperado para proteger acesso ao elevador;
13.12 Instalar vidros ou tela para impedir entrada de pombos nas torres;
13.13 Instalar parede de gesso acartonado para proteção do arquivo da Irmandade.
Finalizando esta Ata, a Irmandade solicitou:
· A presença do fiscal do IPHAN nas próximas reuniões;
· Esclarecimentos sobre as atribuições de cada órgão IPHAN, IPAC, MFP, Irmandade e MPE, para esclarecimentos na entrega da obra definitiva;
· Divulgação de uma cartilha ou outro instrumento de educação patrimonial que sirva de orientação para os componentes da Irmandade e o público sobre os cuidados para garantir a conservação e manutenção do monumento.
No encerramento da reunião, ficaram acordados os seguintes encaminhamentos:
- Karine/ SEPROMI ficou de ver a posição do governo, no que se refere aos custos para 2ª etapa e sugeriu uma reunião com a presença da direção do IPAC, Secretários e o Prior da Irmandade;
- Foi questionado pela Srª Sandra, da Irmandade, qual seria o tempo para começar a 2ª etapa, pois existe uma programação na igreja para os meses de outubro e dezembro e casamentos já agendados.
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